sexta-feira, dezembro 19, 2025
Google search engine
InícioPolíticaTJMS confirma “mensalinho” e mantém condenações por corrupção em Ladário - Política

TJMS confirma “mensalinho” e mantém condenações por corrupção em Ladário – Política


TJMS confirma “mensalinho” e mantém condenações por corrupção em Ladário
Ex-prefeito (de rosa) e o então secretário de Educação de Ladário estão entre os condenados (Foto: Assesoria/ Arquivo)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve as condenações por corrupção em Ladário e confirmou que vereadores recebiam um “mensalinho” em troca de apoio político e rejeição a CPI da Saúde no município. Quatro réus só se livraram da acusação de associação criminosa, mas continuam condenados por corrupção: Lilia Maria Villalva de Moraes Silva, Paulo Rogério Feliciano Barbosa, Osvalmir Nunes da Silva (Baguá) e Agnaldo dos Santos Silva Júnior

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul confirma esquema de “mensalinho” em Ladário. Ex-prefeito, secretários e vereadores foram condenados por corrupção. Esquema envolvia pagamento de propina a vereadores em troca de apoio político e rejeição a CPI da Saúde.As investigações revelaram que o ex-prefeito Carlos Anibal Ruso Pedrozo pagava R$ 3 mil mensais aos vereadores. Além disso, oferecia cargos públicos em troca de aprovação de projetos. Provas como áudios, interceptações telefônicas e depoimentos confirmaram o esquema. A maioria das condenações, incluindo a do ex-prefeito e secretários, foi mantida. Alguns réus foram absolvidos da acusação de associação criminosa, mas as penas por corrupção foram preservadas.

O processo tem origem em uma operação de 2018, quando o então prefeito Carlos Anibal Ruso Pedrozo foi preso junto com sete vereadores e o secretário de Educação, Helder Botelho.

Segundo a denúncia, o prefeito pagava R$ 3 mil por mês a sete vereadores que também podiam indicar pessoas para cargos públicos em troca de aprovação de projetos do Executivo.

O acórdão descreve que o então prefeito Carlos Aníbal e a secretária Andressa Moreira Anjos Paraquett prometiam e entregavam R$ 3.000 por mês a vereadores, além de abrir cargos na Secretaria de Educação, para formar base de apoio e garantir votações favoráveis na Câmara.

As investigações começaram após denúncia do então vereador Fábio Peixoto, que disse ter sido pressionado a indicar cargos; a partir daí, o Ministério Público Estadual acionou o Gaeco.

Em 6 de setembro de 2018, quatro réus voltavam de Campo Grande quando foram parados pela Polícia Federal; no carro havia R$ 8.000 em espécie, R$ 3.000 com André Franco Caffaro (Dedé) e R$ 5.000 com Augusto de Campos (Gugu). A justificativa de que o dinheiro seria para comprar bicicletas “não colou” no tribunal.

O relator, desembargador Lúcio da Silveira, destacou que as provas como áudios, interceptações telefônicas, depoimentos e documentos oficiais, mostram o pacto para cargos e dinheiro em troca de apoio, configurando corrupção ativa e passiva.

Sobre a associação criminosa, o tribunal absolveu quatro réus porque não ficou comprovado que eles pretendiam cometer uma pluralidade de crimes elemento exigido pelo artigo 288. Para os demais, a associação foi mantida.

As penas originais foram fixadas em junho de 2023: Carlos Ruso pegou 9 anos e 10 meses de reclusão e 273 dias-multa (regime fechado); Andressa Paraquett e Helder Naulle Paes dos Santos, 11 anos e 6 meses e 312 dias-multa cada (fechado); Lilia, Paulo Rogério, Osvalmir e Agnaldo, 7 anos e 6 meses e 226 dias-multa (semiaberto); André Caffaro (Dedé), Augusto de Campos (Gugu) e Vagner Gonçalves, 8 anos e 6 meses e 247 dias-multa (fechado). Esses números vêm da sentença de 1ª instância de 2023, agora praticamente confirmada no segundo grau.



Source link

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -
Google search engine

Most Popular

Recent Comments