Deputado diz que ministro procede de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro
Um dia depois de ser “derrubado” de rede social por uso de palavrões, o deputado federal Marcos Pollon (PL) questiona o decoro de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em pedido de impeachment protocolado nesta terça-feira (dia 5), no Senado Federal.
Deputado Marcos Pollon (PL) protocolou pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. O pedido, apresentado ao Senado, alega quebra de decoro por parte do ministro após gesto obsceno em jogo de futebol. Pollon argumenta que o comportamento de Moraes é incompatível com a dignidade do cargo, citando a Lei de Crimes de Responsabilidade. O deputado, aliado de Jair Bolsonaro, teve suas redes sociais suspensas após proferir palavrões em manifestação pró-Bolsonaro. Criticou a possível filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao PL e usou termos ofensivos em suas falas. O pedido de impeachment ocorre após Moraes determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro.
Ontem, o ministro determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Pollon é ferrenho aliado.
“O impeachment de Alexandre de Moraes é um clamor da população. Nas manifestações de 3 de agosto o povo gritou por Justiça. Ninguém aguenta mais. É necessário frear os ímpetos ditatoriais do ministro Alexandre de Moraes”, afirmou Pollon, por meio de nota à imprensa.
O parlamentar aponta que Moraes procede de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções, segundo a Lei de Crimes de Responsabilidade. Pollon destaca a passagem do ministro, que é corintiano, no jogo do Palmeiras e Corinthians, realizado na última quarta-feira (dia 30).
“O ministro Alexandre de Moraes, enquanto assistia a uma partida de futebol da Copa do Brasil na Neo Química Arena, Corinthians x Palmeiras, foi fotografado fazendo gesto obsceno (exibindo o dedo médio) em local público e sob transmissão televisiva. O gesto público, além de amplamente repercutido na mídia nacional e internacional, ocorreu horas após sanção internacional sob a Lei Magnitsky, fato que exacerbou a repercussão escandalosa da atitude”, informa a nota.
Conforme a legislação, são crimes de responsabilidade dos ministros do Supremo proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções. O gesto do ministro foi flagrado pelo Estadão.
Suspenso – Pollon teve a conta na rede social X suspensa após uma série de publicações feitas durante a manifestação pró-Bolsonaro, realizada no domingo (dia 3).
Elevando o tom e até ironizando a própria “falta de decoro”, o parlamentar usou palavrões para demonstrar insatisfação com o convite feito ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para se filiar ao PL.
“Subi aqui para denunciar aqueles que querem entregar o PL para a porcaria do PSDB. E eu falo na cara: quero que se f#da! ‘Pollon, você vai enterrar sua carreira política?’ F#da-se! Eu não vou entregar meu país, p0rr#! Déspotas, cretinos, canalhas, canalhas, canalhas”, gritou, durante discurso em cima do caminhão.
O vídeo foi compartilhado em diversas plataformas, incluindo o X, onde Pollon também publicou frases como “no centro só o c*! ” e outras mensagens ofensivas. A reportagem entrou em contato com o STF e aguarda retorno.
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