Nelsinho Trad afirma que a conjuntura nacional definirá a terceira força para reeleição do governador
Com apenas um deputado estadual eleito, o espaço aberto para a construção de chapas pela disputa de vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados é um dos atrativos para o PSD ocupar um lugar de destaque no arco de alianças da reeleição do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), nas eleições de 2026.
O PSD de Mato Grosso do Sul busca se destacar nas alianças para a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP) em 2026. Com apenas um deputado estadual eleito, o partido vê oportunidades para atrair nomes de outras siglas, como o PSDB, que enfrenta uma crise interna. O senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, afirma que a legenda é competitiva para novos talentos e já conta com um senador e um vice-governador eleitos, garantindo recursos e visibilidade. Entre os possíveis migrados estão os deputados Pedro Caravina (PSDB), Lia Nogueira (PSDB) e Paulo Duarte (PSB). Além disso, o PSD também se prepara para definir estratégias para a disputa do Senado Federal, com Nelsinho buscando a reeleição e o secretário Jaime Verruck demonstrando interesse em concorrer. A consolidação das alianças e a definição das candidaturas devem avançar no primeiro trimestre de 2024.
O partido pode assumir o lugar do ninho tucano, que vive uma longa crise, marcada por rachas internos, perda de lideranças e de protagonismo diante da polarização brasileira. Também é uma alternativa mais ao centro e palatável para acomodar nomes que não cabem em siglas mais à direita e extrema direita como o PP e o PL.
Ao Campo Grande News, o presidente do diretório estadual do PSD em Mato Grosso do Sul, senador Nelsinho Trad (PSD), ressalta que, sem os caciques da política, a legenda é competitiva para os novatos e nomes com destaque regional. Ele ainda aponta que, mesmo sem ter uma chapa forte de estadual e federal, a legenda tem um senador e vice-governador eleitos, o que garante fundo eleitoral e tempo de televisão.
Entre os nomes que podem migrar para o PSD está o do deputado estadual Pedro Caravina (PSDB). O tucano esperava assumir a vice-presidência do ninho tucano e assim liderar a articulação da chapa para estadual, porém perdeu o cargo para o deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
O parlamentar reforçou que sua permanência no PSDB depende diretamente da condução da montagem das chapas. Caravina confirmou ainda que recebeu convite do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para se filiar à sigla caso decida deixar o PSDB. Quem também já recebeu convite para migrar para a legenda é a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) e o deputado estadual Paulo Duarte (PSB).
Apesar do cenário regional indicar movimentos para a consolidação da aliança de Riedel, Nelsinho afirma que é a conjuntura nacional que definirá a terceira força, que se somará à federação do PP com o União Brasil e o PL. “A gente está se credenciando para isso”, disse na manhã desta segunda-feira (8).
Desde agosto, a legenda presidida por Nelsinho anunciou o apoio à reeleição de Riedel. O senador voltou a dizer que o vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), será o responsável pelas discussões pela sua proximidade com o progressista.
Disputa interna – Além do fortalecimento do partido para 2026, o PSD também deverá definir as estratégias para a disputa do Senado Federal. Nelsinho busca a reeleição e o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck (PSD), reiterou a vontade de concorrer a uma das duas cadeiras.
Para Nelsinho, Verruck é um excelente quadro dentro do PSD. “É um quadro muito capacitado do ponto de vista técnico. Eu vejo com bons olhos a intenção de ser candidato, é um quadro que qualquer partido gostaria de ter”, avalia. Segundo Trad, o desdobramento da candidatura ainda precisa de tempo de maturação.
“A primeira fase é trazer para perto, acolher. A gente participou de uma reunião com o Riedel, em que foi colocada essa situação. Ele é um quadro que gostaríamos que continuasse no PSD. O apoio é unanimidade”, completa.
À reportagem, Verruck conta que ainda não houve uma conversa sobre a disputa com Nelsinho, mas a prioridade do momento é fortalecer a legenda. “Nós estamos falando de estruturação do partido do primeiro”, disse. Segundo ele, as definições ficarão para o primeiro trimestre do ano que vem.
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