Após vídeos, Câmara avalia medidas contra Elio Moreira Junior (PP) envolvido em confusão
A Câmara Municipal de Corumbá pode encaminhar ao Conselho de Ética o caso do vereador Elio Moreira Junior (PP), flagrado agredindo um vendedor ambulante no centro da cidade. O parlamentar, que é proprietário de uma lanchonete, foi filmado destruindo o material de trabalho do vendedor José Elizeu Lara.O caso ganhou repercussão após o ambulante denunciar que foi coagido a gravar um pedido de desculpas e recebeu R$ 100 para apagar as imagens do incidente. O presidente da Câmara, Ubiratan Canhete, afirmou que o Legislativo não compactua com atitudes que violem o respeito ou a dignidade humana.
A Câmara Municipal de Corumbá informou, por meio de nota, que pode encaminhar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar o episódio envolvendo o vereador e empresário Elio Moreira Junior (PP) e o vendedor ambulante José Elizeu Lara. A confusão ocorreu no sábado, dia 27, no centro de Corumbá.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o vendedor, de 41 anos, afirmando que foi agredido pelo parlamentar, de 43, enquanto tentava vender salgados na calçada em frente à lanchonete Verde Frutti, de propriedade de Elio Moreira. Nas imagens, o vereador aparece reagindo ao desentendimento ao jogar no chão o isopor e a bicicleta usados pelo ambulante.
O próprio vendedor gravou a discussão. As imagens mostram a destruição do material de trabalho após um conflito relacionado à ocupação do espaço público. Na gravação, José Elizeu afirma que estava sendo impedido de vender os salgados na esquina das ruas Delamare e 15 de Novembro, onde fica a lanchonete.
Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, o presidente da Câmara, Ubiratan Canhete de Campos Filho, o Bira, afirmou que o Legislativo não compactua com atitudes que violem o respeito ou a dignidade humana. Segundo o texto, o comportamento dos parlamentares deve ser pautado pela ética, dentro e fora do plenário, e atos que atinjam a imagem da Casa podem resultar em sanções previstas no Código de Ética e no Regimento Interno.
A Câmara informou ainda que já adotou providências iniciais e pretende ouvir as partes envolvidas, possivelmente ainda nesta segunda-feira.
O caso ganhou novos desdobramentos após novas postagens do vendedor ambulante nas redes sociais. Em vídeo, José Elizeu afirma que teria sido coagido a gravar uma declaração pedindo desculpas depois de registrar ocorrência na delegacia. Ele relata que recebeu R$ 100 para apagar as imagens e dizer que o episódio estava resolvido, o que, segundo ele, não ocorreu de forma voluntária.
Elio Moreira Junior também se manifestou nas redes sociais. O vereador afirmou que agiu de “cabeça quente” e disse que faria um pronunciamento posterior sobre o caso, sustentando que a situação estaria resolvida.









