Manifestantes pró-Bolsonaro realizam ato em Campo Grande neste domingo. O movimento “Reaja Brasil” reuniu apoiadores na Avenida Afonso Pena, em defesa do ex-presidente e por liberdade de expressão. A concentração teve início na Praça do Rádio Clube e seguiu para a Via Park. Participantes expressaram desejo por um país mais livre e com independência entre os poderes. O ato contou com a presença de políticos como o deputado federal Marcos Pollon, o vereador Rafael Tavares e o deputado estadual Coronel David. A manifestação ocorreu simultaneamente em outras cidades do país, com acompanhamento da Polícia Militar e da Agetran.
Neste domingo (3), manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram conta da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, em apoio ao movimento nacional “Reaja Brasil”. A concentração ocorreu às 10h, na Praça do Rádio Clube, e segue em forma de carreata até a Via Park, onde será feito o adesivaço.
O ato tem como objetivo apoiar e dar voz ao ex-presidente, que foi alvo de medidas cautelares e está usando tornozeleira eletrônica desde o dia 18 de julho.
Vestindo roupas nas cores verde e amarela, segurando bandeiras do Brasil e cartazes com frases de apoio a Bolsonaro, os manifestantes se reuniram pacificamente para expressar suas reivindicações. Alguns deles também seguram as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel.
O construtor Carlos Antônio Lopes, de 56 anos, foi com um único objetivo: buscar um país mais livre. “Eu espero que dê resultado. O povo tem que vir para a rua, tem que pedir a nossa liberdade. O que me trouxe foi a vontade, a liberdade e a anistia. É isso que eu quero, o Brasil livre”, destacou.
O empresário Luiz Carlos de Castro, de 60 anos, também esteve presente no ato. “Eu espero que a população comece a enxergar as coisas como elas realmente são, o que está acontecendo com o Brasil. Do jeito que está, vai ser um caos para sempre”, disse.
O organizador do ato em Campo Grande, Ricardo Pereira, pede liberdade de expressão. “A nossa mobilização hoje é por um país livre, um país realmente democrático e que o Judiciário seja Judiciário, o Legislativo seja Legislativo e o Executivo seja Executivo. O país está um desgoverno, na nossa visão, porque o Judiciário está mandando tanto no Legislativo quanto no Executivo. Pedimos liberdade de expressão para todos, não só para a esquerda ou centro, para todos”, disparou.
Também estão presentes o deputado federal Marcos Pollon (PL); o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL); deputado estadual Carlos Alberto David, o coronel Davi (PL); o vereador Herculano Borges (Republicanos); e o vereador Rafael Tavares (PL).
Herculano diz que foi como cidadão e espera uma mudança. “A mobilização é um direito constitucional de se posicionar pela independência dos poderes. Eu acredito no Parlamento forte, eu estou aqui como parlamentar. Eu vim aqui como cidadão também para dizer que eu acredito na divisão dos poderes e no fortalecimento do Parlamento”, pontuou.
O movimento ocorre simultaneamente em várias capitais e cidades brasileiras, como parte de uma mobilização nacional. A Polícia Militar e a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) acompanham o movimento em Campo Grande.
As manifestações organizadas por apoiadores do ex-presidente ocorrem neste domingo em diferentes regiões do Brasil. Os atos contra Alexandre de Moraes e Lula são registrados concentrações em pelo menos 20 capitais, além de cidades do interior.
Além de Campo Grande, outras capitais onde foram marcadas manifestações incluem São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Cuiabá, Brasília, Fortaleza, Recife, São Luís, João Pessoa, Natal, Teresina, Aracaju e Maceió. No Sudeste, o principal ato está previsto para a tarde, na capital paulista.
A movimentação começou por Belém (PA), às 8h, com a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Parlamentares do PL no estado discursaram contra o ministro do STF, o presidente Lula e o governador Helder Barbalho (MDB). A manifestação ocorreu no centro da cidade, onde um grupo com camisetas amarelas se reuniu próximo a um caminhão de som decorado com balões verdes e amarelos.
Em Salvador (BA), o protesto começou às 9h, no Farol da Barra. Deputados federais também usaram o microfone para criticar o Supremo, o governo federal e o governador baiano Jerônimo Rodrigues (PT).
A convocação foi feita nas redes sociais com o slogan “Reaja, Brasil”, por nomes como os deputados Filipe Barros (PL-PR), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). Os atos ocorrem quatro dias após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções contra Alexandre de Moraes, sob alegação de violações de direitos humanos com base na chamada Lei Magnitsky. A medida tem apoio de aliados de Bolsonaro, especialmente do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O ex-presidente Jair Bolsonaro, principal figura do movimento, não participou dos atos. Desde o dia 18 de julho, ele cumpre medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, que incluem uso de tornozeleira eletrônica e restrição de circulação nos fins de semana, o que o impede de deixar sua residência em Brasília.
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